quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Daniel 1

Comentário devocional:

Daniel recorda como ele e seus três amigos tiveram de aprender babilônico, assírio, sumério e outras línguas e a literatura destas línguas. Eles tinham que se sentar diariamente com seus amigos aprendendo a gramática e o significado das frases em escrita cuneiforme (escrita em formato de unhas), como as que os arqueólogos encontraram nos textos da Biblioteca de Nínive.

O curso na universidade babilônica durava três anos (v. 5). Os melhores matemáticos, astrônomos, historiadores, professores de literatura educaram Daniel e seus amigos todos os dias.

Daniel e seus amigos estavam em apuros. Eles enfrentaram decisões que testavam sua fé e tiveram que decidir rapidamente. O rei também bebia vinho (v. 8) e Daniel sabia que o álcool e a educação não são bons parceiros. Quando a Bíblia se refere negativamente ao vinho, está falando do vinho alcoólico; quando positivamente, ao suco de uva ou geléia de uva. Bebês pedem vinho a suas mães em Lam 2:11-12. Nenhuma mãe forneceria álcool para sua criança. 

Daniel e seus amigos devem ter considerado cuidadosamente os conselhos de Salomão: "Quando você se assentar com alguma autoridade, observe com atenção quem está diante de você ... não deseje as iguarias que ele oferece, pois podem ser enganosas" (Prov 23:1 e 3 NVI); "Não se deixe atrair pelo vinho quando está vermelho, quando cintila no copo e escorre suavemente! No fim ele morde como serpente e envenena como víbora. Seus olhos verão coisas estranhas, e sua mente distorcidas" (Prov 23: 31-33, NVI).

Então eles resolveram firmemente não se contaminar com a comida e bebida escolhidas pelo rei para a sua mesa (v. 8). O conhecimento e o amor que tinham pelas Escrituras os ajudaram a tomar decisões sóbrias e vitais. Eles poderiam ser cativos do rei da Babilônia, mas não sua mente e alma. Deus aprovou a decisão de Daniel e seus companheiros e os abençoou nesta prova de fé. Seu comandante gostava deles (v. 9) e, após dez dias de teste, permitiu que recebessem somente comida vegetariana e água (v. 12-14). Deus apreciou muito a fé dos quatro companheiros e lhes deu "sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência" (v 17a NVI). A Daniel foi dado adicionalmente o talento de interpretar visões e sonhos (v. 17b). Com a bênção de Deus, após o período de instrução o rei Nabucodonosor os achou superiores, em muito, aos demais sábios de todo o seu reino (v. 18-20).

Daniel termina o resumo de sua história pessoal dizendo que ele trabalhou para Babilônia até o primeiro ano do rei Ciro (v. 21), em 538 aC. Se ele tinha 16 anos na época do cativeiro, tinha 83 anos, quando terminou sua carreira. 

Querido Deus,
A autobiografia de Daniel fala sobre Ti. Vemos ali a Tua mão na frente, ao lado e atrás dele o tempo todo. Queremos ser assim também ser cuidados por Ti. Ao passarmos por situações difíceis ajuda-nos a sermos vitoriosos como Daniel e seus companheiros. Amém.

Koot van Wyk
Universidade Nacional Sangju, Coreia do Sul


Texto original:  http://revivedbyhisword.org/en/bible/dan/1/  e https://www.revivalandreformation.org/?id=1097

Traduzido por JAQ/JDS




Comentários selecionados:

no ano terceiro do reinado de Jeoaquim. 605 aC. Andrews Study Bible.

A destruição foi completada alguns anos mais tarde, no ano 586 aC nos reinados de Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, 2 Rs 24.1-25.10. Bíblia Shedd.

O Senhor lhe entregou. Segundo foi profetizado por Jeremias, Jr 27.1-8. Bíblia Shedd.

Judá foi exilado para a Babilônia por desobedecer à palavra de Deus no tocante à guarda da aliança, aos anos sabáticos e à idolatria. (v. Lv 25.1-7; 26.27-35; 2Cr 36.14-21). Na primeira deportação (605 aC) estava Daniel, e na segunda (597), Ezequiel. Aconteceu uma terceira deportação em 586, quando os babilônios destruíram Jerusalém e o templo. Bíblia de Estudo NVI Vida.

alguns dos utensílios da Casa de Deus. Mais tarde foram todos. Bíblia Shedd.

O templo permaneceu em pé até 586 aC. Mas Nabucodonosor levou alguns dos itens mais valiosos e os depositou no tesouro de suas divindades. Isto introduz conflito entre o Deus verdadeiro e o poder do homem. Andrews Study Bible.

linhagem real. Daniel era um jovem de alta estirpe, um nobre. Bíblia Shedd.

resolveu Daniel ... não contaminar-se. Porque Daniel resolveu permanecer fiel ao Senhor, ele não poderia permitir ser absorvido pela cultura babilônica de modo que conflitasse com a santidade, incluindo comer carne de espécies “imundas” (Lev 11; Dt 14; comparar com Gên 7:2, 8-9, 20). Havia problemas adicionais com a dieta babilônica: a carne poderia vir de animal sufocado, com sangue não adequadamente drenado (Gên 9:4; Lev 17:10-12; comparar com At 15:20, 29) e a comida e bebida poderiam ter sido oferecidos a ídolos (comparar com Num 25:2; At 15:20, 29). Andrews Study Bible.

Tinha suas convicções, e as manifestou com coragem. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Deus honrou esses jovens por causa de seu firme propósito de fazer o que era certo. Para eles, a aprovação de Deus era mais estimada do que o favor do homem mais poderoso da terra; mais estimada que a própria vida (ver CRA, 31). Essa firme resolução não nasceu com a pressão das circunstâncias imediatas. Desde a infância, esses jovens foram treinados com hábitos de estrita temperança. CBASD, vol. 4, p. 837.
 
12 Experimenta, peço-te, os teus servos. Daniel empregou bom juízo ao oferecer uma alternativa em vez de rebelar-se. Bíblia de Estudo NVI Vida.

dez. Muitas vezes tinha o significado simbólico de conta completa. Bíblia de Estudo NVI Vida.

legumes. Do heb. zero’im, “alimento derivado de plantas”, como cereais e vegetais. De acordo com a tradição judaica, frutas vermelhas e tâmaras também se incluíam neste termo. CBASD, vol. 4, p. 837.

legumes ... e água. Esta dieta vegetariana resolveria todos os problemas religiosos. Além disso, ela foi notadamente mais saudável, razão pela qual se Daniel e seus companheiros foram autorizados a nela continuar (v. 15). Andrews Study Bible.

17 Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria. Com a ajuda de Deus, Daniel e seus amigos dominaram os escritos babilônicos a respeito da astrologia e da adivinhação mediante sonhos. Mas nos testes cruciais de interpretação e de predição (ver 2.3-11; 4.7), toda a literatura pagã mostrou-se inútil. Só mediante a revelação especial da parte de Deus (2.17-28) Daniel conseguiu interpretar corretamente. Bíblia de Estudo NVI Vida. 

A instrução que Daniel e seus três amigos receberam foi também um teste de fé. O saber dos caldeus estava aliado a práticas idólatras e pagãs, e misturava ciência e magia, conhecimento com superstição. Os aprendizes hebreus se mantiveram distante dessas coisas. Não se sabe como evitaram conflitos; mas, apesar das influências más, eles se apegaram à fé de seus pais, como demonstraram claramente os eventos posteriores. Os quatro aprenderam as habilidades e ciências dos caldeus sem adotar os elementos pagãos mesclados com as mesmas. CBASD, vol. 4, p. 837.

19 Era o exame conduzido pelo próprio rei, para verificar a cultura geral dos rapazes selecionados para contribuir à glória do seu império. Esta cultura confunde-se com as artes mágicas. Bíblia Shedd.

20 dez vezes mais. Uma expressão que quer dizer “muito melhor”. Andrews Study Bible.

Do que todos os mágicos e encantadoresPor meio de uma descrição posterior das habilidades de Daniel, feita pela mãe de Nabucodonosor, sabe-se que Daniel era conhecido como um homem capaz de “declaração de enigmas e solução de casos difíceis” (Dn 5:12). As perguntas feitas a eles podem ter incluído explicação de enigmas, que era diversão favorita nas cortes do antigo Oriente. O exame também pode ter incluído a solução de problemas matemáticos e astronômicos, matérias em que os babilônios eram mestres, conforme revelam documentos, ou uma demonstração da habilidade de ler e escrever a difícil língua cuneiforme. A sabedoria superior de Daniel e de seus companheiros não era resultado de sorte ou destino, ou mesmo de um milagre, como em geral se entende. Os jovens se aplicaram com diligência e consciência aos estudos, e Deus abençoou os esforços deles. O verdadeiro êxito em qualquer empreendimento é assegurado quando se combina esforço humano com o divino. O esforço humano por si só de nada vale, e o poder divino não torna desnecessária a cooperação humana (ver PR, 486, 487; cf PP, 214). CBASD, vol. 4, p. 839.

Encantadores. Adivinhação, magia, exorcismo e astrologia eram comuns entre os povos antigos; mas, em alguns lugares como Babilônia, eram praticados por homens da ciência [métodos de previsão descritos: haptoscopia/exame de fígados; quiromancia/mãos; lecanomancia/óleo na água; belomancia/flechas sacudidas]. ... É um erro supor que os sábios de Babilônia eram apenas adivinhos e magos. Embora fossem habilidosos nessas artes, eram também eruditos no verdadeiro sentido da palavra. ... como na Idade Média. ...  Os encantadores e adivinhos da Antiguidade se aplicavam também a estudos estritamente científicos. Seu conhecimento astronômico tinha atingido um surpreendente nível de desenvolvimento. ... Os astrônomos eram capazes de predizer eclipses lunares e solares mediante cálculos. Sua habilidade matemática era bastante desenvolvida. Eles empregavam fórmulas cujo descobrimento em geral é atribuído erroneamente aos gregos. Além disso, eram bons arquitetos, construtores e médicos. Eles encontravam por meios empíricos a cura para muitos males. Deve ter sido nessas áreas de conhecimento e habilidade que Daniel e seus três amigos superaram os encantadores, astrólogos e eruditos babilônios. CBASD, vol. 4, p. 840.

21 continuou. Ficou como oficial do Império até o ano 536 aC, o primeiro ano do rei Ciro. Sua última visão veio mais tarde. Bíblia Shedd.

Daniel ainda estava vivo no ano 537 (10.1), de modo que viu os exilados voltarem a Judá, saindo do cativeiro na Babilônia. Bíblia de Estudo NVI Vida.

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